domingo, 1 de maio de 2016

tudo pra mim



olhando aqui de perto tudo é tão normal


todas tem seus nomes.
eu lembro de cada uma das pessoas, do nome de todas, de todas as expressões, de todos os tons de voz. eu lembro de cada pessoa que fez com que eu derramasse uma lágrima injusta enquanto eu me esforçava para dar o melhor dos meus abraços

isso é algo que nunca vou esquecer.
e pensando bem, me faz tão bem arquivar as histórias que vivi ao invés de encontrar alguma maneira de simplesmente deletar da minha vida

eu preciso me lembrar que sofri para aproveitar quando eu for feliz

só terei a companhia das minhas experiências e de todas as ocasiões que exibi o melhor dos meus sorrisos, elas sim viverão para sempre comigo, agora todas as outras ocasiões contrárias não passam de motivos para me lembrar que eu não devo acreditar tão cegamente em um coração que não seja o meu. e isso não quer ser que eu desconfie do coração alheio. eu só preciso me priorizar

as sextas-feiras que alguns comemoram quando chegam, pra mim não passam de um novo dia em que é celebrado algo que eu não tenho, um dia em que eu vou escolher uma cadeira no cinema, ao invés de duas. e a merda é que hoje eu penso assim por causa das pessoas que impiedosamente pisaram nos meus sonhos e em todas as pequenas coisas que eu sempre valorizei
se eu pudesse… pararia cada par de pessoas que vejo nas ruas só pra falar: “não deixem isso morrer, não deixem que agridam o sentimento de vocês! cultivem pelo outro o que gostaria que cultivassem por você”


aquelas pessoas que mencionei nas quais me fizeram mal, cada uma delas, são responsáveis por eu custar a acreditar em sorrisos amarelos.
plantaram em mim uma preguiça em acreditar em alguém.
pode soar bonito quando a gente assiste nos filmes, mas eu posso dizer que não é algo à ser comemorado quando se vive de segunda à segunda

só que talvez, no fim das contas, eu tenha me acostumado de um jeito errado.
inclusive, ultimamente tudo que eu quero é acreditar que as pessoas não são o lixo que algumas se mostraram ser pra mim. quero acreditar que os sonhos que construí ao longo dos anos ainda podem ser reais e que ninguém é capaz de me fazer fraquejar. eu juro que eu quero. por isso eu me dou uma chance todos os dias

as palavras que me trazem um saudoso sorriso, bem como as melodias que me fazem suspirar, servem de abrigo nos momentos em que eu me vejo na ausência de uma mão estendida

eu não quero acreditar que as pessoas são iguais. eu juro que não quero conhecer uma pessoa e pensar “acho que não vai dar certo”, ou acabar me limitando de ser quem eu sou com um medo de tentar

quanto maior o medo de tentar, maior a distância de conseguir

se eu não tenho em mãos alguma cartilha com respostas na última página sobre como viver, o que me resta é arriscar e permitir que novos braços se tornem novos abraços

a felicidade que eu desejo pra mim é melhor aproveitada se for vivida por dois.
vou seguindo me dando chances e dando chances para me convencer que eu devo voltar a acreditar